Vagalumes de horizontes dourados,
Ainda espectros em risos tortos,
Quando a chama de outonos mortos,
Incendeia os teus gramados.
O chuvisco de puras lágrimas,
Escala denso o azul das horas,
O rubro vento das auroras,
Néscio engodo aos diafragmas.
Entorpe e inerte serenidade,
onde afoga o antebraço,
De Ulisses ou de Iago,
Rouba o ouro das cidades.
O solilóquio de tantas faces,
Os gritos mornos de tantos lábios.
Não vês ao fundo os teleféricos?
Vão-se, calmos, teleféricos.
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