domingo, 17 de maio de 2009

Irrisório Bandeirante


O austero sopro do amanhã
Mitigando um breve boreal
Onde jaz tua vereda?

O inexorável vôo do encontro
Assolados de solidão
Dois sorrisos imperfeitos
Traça a breve migração

Ó flâmula que ostentas, varonil!
No processo das várzeas...
Onde praz teu preto boldo?

E o berço de águas malvas
Peregrina nos quintais
Onde assentam os vermelhos
Que aos prantos satisfaz

Partem frágeis solilóquios
Sob um crasso entorpecer
Onde dormem tuas feridas?

O verde alento nas ruínas
Sufocou-se de alergia
E persistes tua busca!
... pelos razos escafandros.

Ó, irrisório bandeirante!
O avelã das tuas íris
Não esconde teus errantes.

Das folhas secas várzeas,
Com esmero esculpir
As calmas tardes pardas
Morrem claras de existir

Promete, irmão das luzes...
Um vermute aos solitários,
Um segredo aos inocentes,
Um sorriso aos imigrantes.

E um silêncio, tão irretorquível,
às promessas sublinhadas de nódoas,
do irrisório bandeirante.

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