quarta-feira, 29 de abril de 2009

Catedral


Cortinas translúcidas discretas
Pombos que migram pela aurora
Sinos de igreja que chacoalham
Relampejo das orquídeas secas

Respiro...
... Barulho na cais...
Raparigas pálidas,
Sonhos violáceos...
Antigas recordações.

... A natureza dos passos...


Para as aves


Cidras, labaredas, madrugadas
Um sincero sopro niveal da manhã
A lebre envola nas rameiras
No retrógrado exílio da ventania
Onde arfam a pêra e a maçã
O canto agreste das estrelas
O violão ao redor das fogueiras
Recordam-nos breves alusões

“Ei, querida, veja...!
A lúgubre explosão de uma estrela
No arquipélago de constelações...”